
A quadra de esportes do
Centro Rural de Limeira, recebe jovens de todas as idades mesmo com toda a
situação de abandono por parte do poder público. Todas as quartas-feiras, á
partir das 19 horas, os jovens com idade acima dos 18 anos se reúnem para jogar
futsal. Um ato que envolve além da paixão pelo esporte, o amor por este local,
que por tantos anos foi esquecido, a prova deste amor, é as manutenções que são
realizadas, pelos próprios jovens. Pintura de linhas e marcações no piso,
reforma de traves, reforma de refletores bem como toda a reconstrução do painel
de iluminação. Além é claro, da compra de bolas, redes e equipamentos para a
prática do esporte. A quadra também é
usada por jovens entre 13 à 18 anos, aos sábados e domingos. Estes por sua vez,
são responsáveis pela limpeza de todo o local, bem como a retirada do mato alto
que cresce de tempos em tempos. Nota-se aqui, um esforço destes jovens, que é
ignorada, não apenas pelos políticos da nossa cidade, mas também pelos próprios
moradores mais velhos, o que de certa forma, nos magoa ainda mais. Estes jovens,
tiram dinheiro do próprio bolso para realizar estas pequenas reformas. Em busca
de reconhecimento ? Não. Apenas para que a prática do
esporte ainda seja viável, mesmo com todas as condições desfavoráveis.
A luta
destes jovens, pode parecer insignificante em meio à tantos problemas pelos
quais Limeira enfrenta. Mas a questão é somos ignorados há mais de 20
anos. Nunca houve sequer uma reforma
desde a construção da quadra. E este é o único espaço nas áreas rurais da
região, pelos quais os jovens dispõe para a prática de esportes.
Mesmo
sendo invisíveis aos olhos do poder público, muitos destes jovens votam. Porque
ainda assim, acreditam que um dia, alguém irá olhar para suas necessidades. Mas
a grande verdade, é que só vemos vereadores por aqui, em época de eleição. Vendendo
o sonho dessa rapaziada, com promessas de melhorias que nunca chegam.
A pergunta
agora é: Quantos de nós fazemos o mesmo
que esses jovens? Quantos de nós, corremos em busca de igualdade? Quantos de
nós, estamos dispostos à ir a luta pelos direitos em comum da sociedade?
Reclamar, é a parte mais fácil.
O difícil
mesmo é encarar a realidade, e não medir esforços para mudá-la para melhor.
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